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Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.
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Não eram meus os dedos que tocaram
Tua falsa beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.
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Não fui eu que te quis...
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José Carlos Ary dos Santos, Desespero.
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1 comentário:
Este poema lembra-me a estranheza que não raro sentimos ao contemplar-nos no passado. Talvez seja isso a evolução pessoal.
E, claro, Ary sempre!
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