sábado, 5 de junho de 2010

Nada me aloira

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Deolinda Fonseca, Sem título, 2005. Acrílico s/ tela, 100 x 100cm.
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Já não estremeço em face do segredo;
Nada me aloira já, nada me aterra:
A vida corre sobre mim em guerra,
E nem sequer um arrepio de mêdo!
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Sou estrêla ébria que perdeu os céus,
Sereia louca que deixou o mar;
Sou templo prestes a ruir sem deus,
Estátua falsa ainda erguida ao ar...
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Mário de Sá-Carneiro, "Estátua falsa", in Dispersão.
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