quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ninguém vê

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Adrien Donot, digital art.
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Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
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Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
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Florbela Espanca, "Eu", in Livro de Mágoas.
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1 comentário:

R. disse...

Tantas vezes repetidos estes versos na adolescência... Esta "irmã do sonho" está belissimamente representada na imagem que a acompanha. Como sempre, soberba, Guidinha. Partilho inteiramente destas escolhas e admiro muito o nível que imprime e consegue manter neste blogue. Não me canso de lhe agradecer a partilha :)