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Deixa ficar comigo a madrugada,
para que a luz do Sol me não constranja.
Numa taça de sombra estilhaçada,
deita sumo de lua e de laranja.
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Arranja uma pianola, um disco, um posto,
onde eu ouça o estertor de uma gaivota...
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Podes partir. De nada mais preciso
para a minha ilusão do Paraíso.
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David Mourão-Ferreira, "Paraíso" , in Infinito Pessoal (1959-1962).
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