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Jean-Claude Gaugy, All Things Being Equal, 2006.
Mixed media on hand carved wood, 48" x 48".
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De um e outro lado do que sou,
da luz e da obscuridade,
do ouro e do pó,
ouço pedirem-me que escolha;
e deixe para trás a inquietação,
a dor,
um peso de não sei que ansiedade.
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Mas levo comigo tudo
o que recuso. Sinto
colar-se-me às costas
um resto de noite;
e não sei voltar-me
para a frente, onde
amanhece.
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Nuno Júdice, "Confissão", in Meditação sobre Ruínas.
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2 comentários:
Como diria Mário Quintana: "Nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata". Talvez valha a pena evitar qualquer um destes riscos.
Simpatizo com a ideia de que o passado "atropela" e até pode chegar a matar. E acredito que possamos ser seus "prisioneiros" se não o soubermos relativizar e avançar por algum caminho. No entanto, a nossa identidade como "indivíduos únicos" construiu-se numa complexa sequência de vivências. Deixo a questão: alguém pode viver sem identidade?
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