segunda-feira, 30 de novembro de 2009

domingo, 29 de novembro de 2009

La novela más leída en China

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Faltan palabras es una saga generacional femenina que habla de la capacidad de la mujer para sobrevivir a privaciones de toda índole, adaptarse a situaciones particulares o protagonizar el cambio hacia el pensamiento moderno, en un recorrido que nos permite conocer la evolución social de China durante todo el siglo XX.
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Zhang Jie (2009). Faltan palabras. Barcelona: Miscelanea Editorial.
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sábado, 28 de novembro de 2009

Terrible person

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Rose-Marie Klintman, Soul mirror, 2003. Acrylic 30 x 40cm.
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I´m a terrible person...
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Nadar a la deriva

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Sobre tu piel
naufragan restos mortales
de antiguos dolores.
El mérito de este pirata
recaerá en la habilidad
de reciclar los viejos trastos
para navegarte con incierta elegancia,
o bien,
en empeñar las últimas balas
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derrivando los arcaicos vestigios
y, una vez, sin horizontes
nadar a la deriva
tu mar abierto.
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Gito Minore, "Mar abierto", in Flores Cohibidas.
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Espécie de loucura

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David Tobey, Desert of Madness, 2007. Acrylic 40" x 40".
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Esta espécie de loucura
Que é pouco chamar talento
E que brilha em mim, na escura
Confusão do pensamento,
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Não me traz felicidade;
Porque, enfim, sempre haverá
Sol ou sombra na cidade.
Mas em mim não sei o que há
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Fernando Pessoa, "Esta Espécie de Loucura", in Cancioneiro.
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Coisas antagónicas

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Oliveira Tavares, Sem título. Serigrafia 50 x 70cm.
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Mas eu, em cuja alma se refletem
As forças todas do universo,
Em cuja reflexão emotiva e sacudida
Minuto a minuto, emoção a emoção,
Coisas antagônicas e absurdas se sucedem —
Eu o foco inútil de todas as realidades,
Eu o fantasma nascido de todas as sensações,
Eu o abstrato, eu o projetado no écran,
Eu a mulher legítima e triste do Conjunto
Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água.
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Álvaro de Campos, "Mas eu", in Poemas.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Paisagem

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Pedro Sarmento, Aquecimento Global, 2007. Óleo s/ tela, 90 x 90cm.
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Desejei-te pinheiro à beira-mar
para fixar o teu perfil exacto.
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Desejei-te encerrada num retrato
para poder-te contemplar.
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Desejei que tu fosses sombra e folhas
no limite sereno dessa praia.
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E desejei: «Que nada me distraia
dos horizontes que tu olhas!»
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Mas frágil e humano grão de areia
não me detive à tua sombra esguia.
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(Insatisfeito, um corpo rodopia
na solidão que te rodeia.)
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David Mourão-Ferreira, "Paisagem", in A Secreta Viagem.
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domingo, 22 de novembro de 2009

Loucuras, pecados e glórias

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José de Guimarães, Sem título. Serigrafia, 73 x 54cm.
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De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
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Cecília Meireles, "De Que São Feitos os Dias?", in Canções.
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sábado, 21 de novembro de 2009

A noite é tão curta

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O despertador desperta,
acorda com sono e medo;
por que a noite é tão curta
e fica tarde tão cedo?
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Millôr Fernandes, "Poeminha sobre o Tempo", in Pif-Paf.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Silêncio

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porque existes
no intervalo
de duas notas
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Procura o tesouro

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«[...] Epicuro disse que, se quisermos vencer, devemos gravar no nosso espírito o alvo que temos na nossa mente. Einstein disse que há uma força maior que a energia atómica: a vontade! Confúcio co­mentou: para vencer na vida, exija muito de si e pouco dos outros! Pascal bradou: para quem deseja ver, haverá sempre luz suficiente; para quem rejeita ver, haverá sempre obscuri­dade! Sófocles disse: procura e encontrarás, pois o que não é procurado permanece para sempre perdido. Lucas, não te­nhas medo da luz! Procura o tesouro que está dentro de ti!»
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Augusto Cury (2008). A Saga de um Pensador. A paixão pela vida. Lisboa: Bertrand Ed., p. 77.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quando desenho

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Manuel Cargaleiro, Sem título. Óleo s/ madeira, 24 x 20cm.
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Quando desenho procuro o traço mais limpo. Na escrita busco a frase mais curta.
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tricotando o tempo

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puxo conversa com a luz
o sol mente
o vento descasca nêsperas
a ave é um chapéu perdido
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as esquinas são portas sem batente
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

May angels lead you into paradise

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para quem
a vida
não chegou
a ser
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domingo, 15 de novembro de 2009

Placer en el trabajo

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Intenta proponerle la postura del elefante a tu jefe. O mejor, adopta la postura de la cucaracha decapitada y verás cómo tu posición en la empresa crece exponencialmente. Y es que el Kamasutra es mucho más que un manual de las artes amatorias. De él se pueden extraer las indicaciones y consejos necesarios para progresar en la empresa. O al menos para divertirte intentándolo. La Biblia, Sun Tzu, deportes, películas... De cualquier lugar extrae la literatura empresarial enseñanzas. Este libro aporta con humor e ironía un compendio de técnicas infalibles para salir airoso de marrones, crisis y responsabilidades de cualquier índole.
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Rafael Galan (2009). Kamasutra en la empresa: 69 posturas que te daran placer en el trabajo. Barcelona: Ediciones Gestion.
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sábado, 14 de novembro de 2009

Conocer a los contemporáneos

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Podemos conocer a los antiguos, podemos conocer a los clásicos, podemos conocer a los escritores del siglo xix y a los del principio del nuestro, que ya declina. Harto más arduo es conocer a los contemporáneos. Son demasiados y el tiempo no ha revelado aún su antología. Hay, sin embargo, nombres que las generaciones venideras no se resignarán a olvidar.
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Dino Buzzati (2005). Desierto de los tartaros. Barcelona: Gadir.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Free me to fly away

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Carry me away from the dark I fear
when the storm is near
from the endless night
from my blinded sight
to a sky of light
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Free me to fly away
Free me
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Carry me away from the things that harm
on a sea of calm
from the endless night
from my blinded sight
to a sky of light
Free me to fly away
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Free me to fly away
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SALVA ME by Libera. Libera CD, Track 01 (1999)
Soloists: Adam Harris and Liam O’Kane
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Barulho de água

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Bashô Matsuo (1644–1694)*
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[O velho tanque -
Uma rã mergulha,
barulho de água.]
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.....(*) Considerado o primeiro e maior poeta japonês de haiku, imprime-lhe o espírito do budismo zen. É uma forma de poesia breve, depurada, simples e fluente. Trata-se de uma reacção estética minimalista à crescente consciência humana do caos.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Céu azul

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Kandinsky, Sky blue, 1940. Oil on canvas, 100 x 73cm.
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...«Falcão levantou-se e, como se nada tivesse acontecido, começou a caminhar. Abraçou uma árvore. Beijou-a. Agachou-se diante de uma flor, parecia querer penetrar nas suas entranhas. Dizia algumas palavras inaudíveis, como se esti­vesse a fazer uma oração ou a elogiar a flor.
...Marco Polo, teimoso e com a voz embargada, arriscou dizer algo para manter o vínculo:
...— Até amanhã!
...Falcão levantou-se e comentou:
...— O tempo não existe, rapaz. Amanhã, a chama da vida pode ter-se apagado!
...Em seguida, foi-se embora sem se despedir. Enquanto andava, abria os braços e fazia um movimento de dança. Com uma voz vibrante, olhava para a paisagem enquanto cantava What a Wonderful World, de Louis Armstrong, com algumas modificações na letra:
...Eu vejo o verde das árvores, rosas vermelhas também,
...Eu vejo-as florescerem para a humanidade
...E eu penso... que mundo maravilhoso.
...Eu vejo o azul dos céus e o branco das nuvens.
...O brilho do dia abençoado, a sagrada noite escura.
...E eu penso... que mundo maravilhoso.
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...O mundo intelectual de Marco Polo não estava maravi­lhoso, pois passara por um vendaval. Profundamente intriga­do, ele disse para si mesmo: Que homem é este que se esconde na pele de um miserável? Que mendigo é este que parece ter muito, mas possui tão pouco
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Augusto Cury (2008). A Saga de um Pensador. A paixão pela vida. Lisboa: Bertrand Ed., pp. 25-26.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A nossa árvore

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Judíth Shaw, Olive tree, 2006. Oil on canvas, 30" x 40".
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no regresso a casa
vejo o teu sorriso
na vida misteriosa
da nossa árvore
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Misterio de vivir

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En la habitación de un hospital, y en el curso de la que muy probablemente sea su última noche en este mundo, un hombre le cuenta a alguien - quizás a una enfermera -, y también a sí mismo, la historia de su vida; intentando buscar algún sentido al viejo misterio de vivir.
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Luis Landero (2009). Retrato de un hombre inmaduro. Barcelona: TUSQUETS EDITORES.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009

MAC

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RE-visitada
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A alma é verde

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Autor desconhecido.
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Qualquer tempo é tempo.
A hora mesma da morte
é hora de nascer.
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Tempo, contratempo
anulam-se, mas o sonho
resta, de viver.
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Carlos Drummond de Andrade, "Qualquer Tempo", in A Falta que Ama.
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domingo, 1 de novembro de 2009

Todos os lumes e luzes

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Autor desconhecido.
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Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!
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Álvaro de Campos, "A Melhor Maneira de Viajar é Sentir", in Poemas.
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