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Dentro de nós há também um Universo;
Daqui nasceu nos povos o louvável costume
De cada qual chamar Deus, mesmo o seu Deus,
A tudo aquilo que ele de melhor em si conhece,
Deixar à Sua guarda céu e terra.
Ter-Lhe temor, e talvez mesmo — amor.
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Johann Wolfgang von Goethe, "Proémio", in Últimos Poemas do Amor, de Deus e do Mundo".
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3 comentários:
Absolutamente de acordo. Muito provavelmente um dos maiores motores para a criação da ideia de "Deus" foi o amor próprio e a recusa da (auto)finitude.
R.:
O teu comentário é muito oportuno. :)
De uma forma geral concebemos as nossas vidas como caminhos, tentamos percorrê-los, prosseguir e avançar... da forma que melhor julgamos saber... e seguimos... e seguimos...
Quando pensei neste "post" tinha em mente a diversidade de religiões e, no seio de cada uma, a forma como cada indivíduo a vive. Assim, não haverá somente UM Deus, mas uma multiplicidade de formas de vivenciar a fé na busca do "seu Deus", como processo de libertação dessa ideia de finitude que espartilha a vida e a enclausura.
Não podia concordar mais. Faltou-me a verve para o expressar tão bem :)
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