Luz

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Wang Wei (701-761).

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La luna amorosa me acarícia con su nítida luz.

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Fantasmas

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Wols, O fantasma azul, 1951. Óleo s/ tela, 73 x 60cm.

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De que cor pinto os meus fantasmas?

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Sonho

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Franz Marc, Grandes Cavalos Azuis, 1911. Óleo s/ tela, 102 x 160cm.
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sonho de mãos livres
seguro as rédeas
da paisagem da memória
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Gostos

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Oscar Wilde, Le portrait de Dorian Gray, 1891.

Quando reacontecer Abril...

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Se acontecer

Que se prendam todas as flores

Antes da madrugada

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Sophia de Mello Breyner Andresen Quando reacontecer Abril.

25 de Abril

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Salvador Dali, Rose meditative, 1958.

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Rosa? Hummm...

Deve ser O cravo!

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Não importa quão longa é a noite, o dia virá certamente.

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Provérbio africano.

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Sobreviver

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En épocas de crisis, preparar un plato a base de judías verdes, patata, cebolla y zanahoria tiene la misma calidad gastronómica que el caviar. Lo importante es, como siempre, prepararlo con gracia y la imaginación no está reñida con el precio. La buena cocina, con recetas sencillas, no entiende de crisis.

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Enrique Alcat (2009). Seis recetas para superar la crisis. Barcelona: Alienta.

Canto

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Marc Chagall, Canção das canções - III.

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Para o meu coração basta o teu peito,

para a tua liberdade as minhas asas.

Da minha boca chegará até ao céu

o que dormia sobre a tua alma.

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Pablo Neruda, "Para o meu coração", in Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada.

Síntese

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Gustav Klimt, Death and life (detail), 1911.

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ver a vida e a morte,

a síntese do mundo,

que em espaços profundos

se olham e se abraçam.

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Federico Garcia Lorca, Este é o prólogo.

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Ser

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Iman Maleki, Dizziness, 1998. Óleo s/ tela, 100 x 75 cm.

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adquirir certezas

inabaláveis certezas

imensas certezas

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quero ser certeza.

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Intervalo

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Salvador Dali, Explosion.

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O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.

Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.

Espaço vazio, em suma.

O resto, é a matéria.

Daí, que este arrepio,
este chamá lo e tê lo, erguê lo e defrontá lo,

esta fresta de nada aberta no vazio,

deve ser um intervalo.

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António Gedeão, Máquina do tempo.

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Noite

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... em branco.

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Caminhos

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Georges Braque, The way of the birds.

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pássaros negros percorrem caminhos

em direcção à noite incerta.

procura de alento.

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Reencontro

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Frida Kahlo, Roots, 1943. 12" x 19 1/2".
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sofrimento é uma inexplicabilidade.
para ser um SER
há que verter sangue
de nós para o mundo.
...

tranquilidade é
uma gota de sangue reencontrado.

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Ondjaki, Reencontro com gotas.

Nadas

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Salvador Dali, Paysage aux papillon.

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borboleta tem correspondência directa

com a palavra alma.

para existir usa liberdades.

desconhece o som da tristeza

embora saiba afogá-la.

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borboleta é um ser

de misteriosos nadas.
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Ondjaki, Para vivenciar nadas.

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Ontem

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Menez, Sem título, 1989.

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E de repente

foi ontem.

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Seguimos

Em meditação...

e seguimos!

O umbigo do mundo

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Polinésia: Rapa Nui (Ilha da Páscoa).
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Mística e isolada

com lendas e mistérios.

É a Ilha da Páscoa!

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Lectura

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[...] lo que más está cambiando Internet [...] son los hábitos de lectura, ya que al hacer una búsqueda por internet “se ojea todo de manera superficial, en lugar de leer un texto de forma detallada” como cuando se pasan las páginas de un libro… la neurocientífica Maryanne Woolf explica que este fenómeno en Internet es normal, alegando que biológicamente "el ser humano no está hecho para leer. Está hecho para hablar, para ver, oler, pero no para leer", de manera que el cerebro ha tenido que adaptarse a esta actividad, tanto que el desarrollo del mismo puede medirse en grados de fluidez de lectura.

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Cristóbal Suárez Guerrero (2009-03-26). "Mente virtualizada: entre Escila y Caribdis", in Educación y virtualidad.

[http://educacion-virtualidad.blogspot.com/2009/03/mente-virtualizada-entre-escila-y.html]

História de um homem pobre

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A coluna vertebral do meu pai era uma corda cheia de nós, do género das que as mulheres usam nas aldeias [da Índia] para tirar água dos poços; as clavículas descreviam uma curva em alto-relevo à volta do pescoço, como uma coleira de cão; golpes, incisões e cicatrizes, como pequenas marcas deixadas por um chicote, percorriam-lhe o peito e a cintura, chegando-lhe abaixo dos ossos da bacia até às nádegas. A história dum homem pobre está-lhe escrita no corpo, com uma caneta de ponta aguçada.

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Aravind Adiga (2009). O Tigre branco. Lisboa: Editorial Presença.

Confidencial

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Pierre Bonnard, A toilette, 1908.

Óleo s/ tela, 119 x 79 cm.

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Fueron jóvenes los viejos

pero la vida se ha ido

desgranando en el espejo

y serán viejos los jóvenes

pero no lo divulguemos

que hasta las paredes oyen

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Mario Benedetti, Confidencial.

Diário

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confissões esquecidas em gavetas

sepultadas para sempre

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Manipulação

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Andy Warhol, Vinte e cinco Marilyns coloridas, 1962.

Acrílico s/ tela, 209 x 170 cm.

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En nuestro contexto actual, el principal objetivo de la existencia humana parece ser la obtención de ciertos bienes materiales. La herramienta que utilizamos para conseguirlos es la manipulación, que ha pasado a desempeñar un papel fundamental en todos los ámbitos de nuestra experiencia. Yo te manipulo, ¿y tú qué haces?

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Walter Dreser (2009). Yo te manipulo ¿y tu que haces?. Barcelona: Editorial Planeta.

Paraíso

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Menez, O Paraíso, 1990. Guache s/ papel, 65 x 76,5cm.

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brinco noutro céu.

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Cor

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Ruppretch Geiger, Pintura vermelha, 1961. Óleo s/ tela, 190 x 145cm.
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calor

força

vida

amor

Mass Media

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Man Ray, À hora do observatório - os apaixonados, 1932-1934.

Óleo s/ tela, 100 x 250 cm

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De los medios de comunicación
en este mundo tan codificado
con internet y otras navegaciones
yo sigo prefiriendo
el viejo beso artesanal
que desde siempre comunica tanto
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Mario Benedetti, Mass media.

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Índia

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Pormenor de gravata confeccionada na Índia. Seda bordada a fios de ouro.

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Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas, e as que dizem que fizeram as coisas. Tente ficar no primeiro tipo. Há menos competição.

[Autor: Gandhi]

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Solidão

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Edward Hopper, Rooms by the sea. 60 x 80 cm

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Um mar rodeia o mundo de quem está só. É

o mar sem ondas do fim do mundo. A sua água

é negra; o seu horizonte não existe. Desenho

os contornos desse mar com um lápis de

névoa. Apago, sobre a sua superfície, todos

os pássaros. [...] aves assustadas da solidão.

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Nuno Júdice, Solidão.

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Mentira

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José Manuel Tudela, Sua enganadora, 1986. Desenho s/ papel.

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