terça-feira, 20 de julho de 2010

Força de sonhar

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René Magritte, O terapeuta, 1941. Guache s/papel, 47 x 31cm.
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Numa ânsia de ter alguma cousa,
Divago por mim mesmo a procurar,
Desço-me todo, em vão, sem nada achar,
E a minh'alma perdida não repousa.
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Nada tendo, decido-me a criar:
Brando a espada: sou luz harmoniosa
E chama genial que tudo ousa
Unicamente à fôrça de sonhar...
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Mário de Sá-Carneiro, "Escavação", in Dispersão.
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1 comentário:

R. disse...

E alguns sonhos são tão reais que se confundem com a própria realidade. Assim sendo, porque não sonhar o real?
:)